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Construídas a partir de camadas de tinta óleo em diferentes texturas, desde muito diluída em solvente até ela pura e espessa, utilizando pincel e espátula.

A gente é a paisagem é um verso da música Aos Barões do Lô Borges de 1972, do disco do tênis. A escolha do título desses trabalhos se deu pelo meu interesse em refletir a construção da pintura que pode ser comparada a construção de outras linguagens, como a música. Utilizamos as mesmas palavras para descrever tanto uma como a outra, por exemplo: composição, harmonia, ritmo, camadas, textura, pausa/intervalos... Porém o que me interessa nessa frase são as várias possibilidades de interpretação, tanto a partir da escrita como da linguagem falada. A gente na forma escrita que se refere a nós ou na forma falada que soa como agente no sentido de agência, daquele que age sobre algo.

O mesmo ocorre com a pintura, que pode remeter a uma paisagem apesar de não ter sido concebida como tal. Tudo depende de quem ouve/vê, já que as cores podem nos induzir a enxergar aquilo que ela remete, onde ela está usualmente presente para nós no mundo "real". Então o observador passa a ser um agente sobre aquilo que vê e o que se vê age sobre o receptor. Numa analogia sobre as relações e a própria existência.

 

A paisagem enquanto contexto histórico e político, e a gente/nós como agentes de nosso tempo, num ciclo onde o contexto também nos forma e deforma.

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